Geração de OURO

Muitas pessoas acham que o melhor jogador do basquete brasileiro de todos os tempos foi Oscar Shimdt mais conhecido por mão santa. Só que felizmente existiram duas lendas antes de Oscar, os famosos Amaury pasos e Wlamir Marques. Os dois, foram certamente disparados os melhores jogadores de basquetebol do Brasil. Essa geração que foi de 1950 e 1960 ainda contava com outros ótimos jogadores como Ubiratan, Algodão, Rosa Branca, Mosquito, Menon, Sugar, Fritz, Paulista, Waldemar Edson Bispo entre outros, comandados pelo melhor técnico brasileiro de basquetebol que o Brasil já viu, a lenda Togo Renan Soares, o popular Kanela. Essa geração foi marcada por ser a mais vitoriosa da história do basquetebol brasileiro por ter conquistado o bicampeonato mundial no Chile em 1958 e no Rio de Janeiro em 1963 além das medalhas de bronze em olimpíadas como a de Roma e posteriormente em Tóquio. Diferentemente do que acontece hoje com os brasileiros da nba e com o próprio Oscaar que  preferiu jogar Caserta da Itália ao invés de defender o Brasil ,Amaury e Wlamir tiverem várias oportunidades de jogar na nba porém optaram em jogar pela seleção brasileira. Uma vez que no exterior não poderiam atuar em jogos defendendo o Brasil. Amaury começou a carreira na Argentina, porém o destaque no esporte se veio quando o ala se transferiu para o Clube de Regatas Tiete, sua primeira equipe de sucesso. Com o protagonismo em sua nova equipe o ala - pivô transferiu- se para o tradicional Esporte Clube Sírio, o mesmo por onde passaria outro grande nome do esporte brasileiro, Oscar Shimdt. Em seguida foi contratado pelo Corinthans, cube o qual fez história e teve a melhor passagem de sua esplendida carreira. Ao lado de grandes nomes como Wlamir Marques, Rene e Rosa Branca, Amaury Pasos formou uma das equipes mais vitoriosas do basquete nacional. Foi no cube do parque São Jorge onde Amaury encerrou sua carreira profissional, no ano de 1972.Wlamir Marques, foi ex jogador de basquete do clube de Regatas Tumiaru (São Vicente), XV de Piracicaba, Corinthans, Tenis Clube de Campinas e Palmeiras. Fora das 4 linhas, o ex ala ja dirigiu o Palmeiras, Corinthans, Hebraica, Telesp e da equipe feminina do xv de Piracicaba. No dia 31 de janeiro de 1950, a seleção Brasileira de basquete conquistou seu primeiro título mundial, no Chile. A equipe do técnico Kanela, bateu os donos da cada por 73 a 49. O treinador da seleção montou o elenco brasileiro com os titulares: Algodão, Waldemar, Wlamir, Edson Bispo e Amaury. Os reservas eram: Otto, Fernando, Zezinho, Pecente, Jathyr e Rosa Branca, para a competição em Santiago. A estreia do Brasil aconteceu mo dia 16 de janeiro, contra a seleção do Canadá. Os brasileiros bateram os canadenses pelo placar de 69 a 52. Destaque para Amaury, cestinha do jogo con 17 pontos e Edson Bispo, com 16 pontos. Logo em seguida, veio a partida contra a poderosa União Soviética, nesse jogo mais forte fisicamente e mais altos, os soviéticos bateram o Brasil pelo placar de 73 a 64. Apesar da derrota, o Wlamir foi o maior pontuador da partida, com 17 pontos. A terceira partida do Brasil foi contra o México. A seleção precisava da vitória para garantir vaga na segunda fase da competição. Sendo assim, o treinador Kanela escalou uma equipe ofensiva contra os Mexicanos. No final da partida o Brasil bateu os fracos adversários por 78 a 50. Na estreia da segunda fase do torneio, o Brasil encarou a Seleção do Taiwan. Sem poder contar com o pivô Edson Bispo que teve forte gripe naquele dia, a equipe brasileira, venceu sem dificuldades, pelo placar de 94 a 76. No dia 21 de janeiro, a URSS novamente cruzou o caminho da seleção brasileira. Após perder na primeira fase, a seleção também não consegui vencer os Soviéticos na fase complementar. O apertado resultado terminou em 66 a 63. Porém, no dia seguinte depois de a URSS confirmar que não enfrentaria Taiwan, pois não considerava a ilha um país, a vitória caiu no colo da seleção Brasileira. Sendo assim a equipe perdeu todos os pontos da segunda fase. A decisão política ajudou na campanha da seleção brasileira no mundial. A derrota na partida anterior não abalou o Brasil, que passou fácil pelo Porto Rico. Mesmo com a expulsão de Waldemar, a seleção bateu os adversários por 99 a 71 de janeiro. A partida seguinte seria a de maior importância para o Brasil, pois o adversário seria menos que os EUA. Mesmo sendo representa pelas Forças Armadas, a equipe norte americana chegou forte na competição. O Brasil nunca tinha vencido os adversários em competições oficiais. Porém o tabu seria quebrado com bastante brilho. A seleção não tomou conhecimento dos Estados Unidos e venceu por um esmagador 91 a 67. Por fim, chegou a grande final. A equipe verde e amarela arrasou os donos da casa por 73 a 49 e se sagrou campeão inédito. Selada a conquista, os brasileiros se abraçaram e não conseguiram conter as lágrimas. Enquanto a bandeira brasileira era erguida no Estádio Nacional de Santiago, o capitão Algodão recebeu o troféu e ergueu com muito orgulho. Na dúvida, saia a rua hoje e bata palmas. O porteiro vai te achar maluco, seu amigo vai querer te internar em um hospício, mas o motivo é justo, bem justo. Esse ano de 2013 completa exatamente 50 anos em que a seleção brasileira masculina de basquete venceu os Estados Unidos por 85 a 81 conseguindo se sagrar bicampeão mundial. Destaque para os 26 ponto de Wlamir Marques, 22 de Amaury e 17 de Waldemar. Nessa edição, o Brasil venceu só a Iugoslavia por 19 pontos (90-71, com 46 pontos somados de Wlamir e Amaury), a União Soviética por 90-79 (36 da dupla) e os norte americanos na final. Na época, basquete e futebol rivalizavam em termos de conquista internacionais de peso ( o basquete conquistou o mundo em 1959 e 1963, com medalhas olímpicas no meio disso tudo, enquanto que o futebol levou a copa en 1958 e 1962, praticamente títulos casados ). Esse ano é o momento para se aplaudir aquela geração fantástica, a geração mais vencedora que o basquete brasileiro já produziu, com dois gênios do esporte ( Wlamir e Amaury que são gênios com G maiúsculos) e com um técnico, o polêmico Kanela, que ajudou a transformar aquele punhado de jogadores jovens talentosos em atletas brilhantes e vencedores. A Amaury, Sugar, Fritz, Paulista, Mosquito, Rosa Branca, Fritz, Jathyr, Menon, Ubiratan, Vitor, Waldemar, Wlamir, Pecente, Edson Bispo e  Kanela nosso muito obrigado, nossas felicitações por terem colocado o Brasil entre os maiores e melhores times da história do basquete. Gênios da raça, eternos ídolos, nosso muitíssimo obrigado.